sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Novas Regras

Com a proximidade das eleições, andei desenvolvendo umas idéias razoavelmente factíveis. 
Exemplo: que tal uma lei que obrigasse todos os políticos que ocupam cargos executivos, legislativos ou judiciários a serem obrigados a tratar de sua saúde e a de seus familiares nos SUS, hospitais públicos, postos de saúde, etc? Com certeza isto lhes daria um choque de realidade e parariam de jogar nosso dinheiro no lixo em projetos inúteis e supérfluos.
Mais: seus filhos, sobrinhos, netos, primos e parentes até terceiro grau deveriam ser obrigados a matricular os pimpolhos nas escolas públicas municipais e estaduais - e sem furar fila na hora da inscrição. Universidades, não, pois as públicas ainda preservam um certo grau de qualidade.
Nossos legisladores terão que informar a fonte de onde sairá o recurso para executar determinado projeto. Nada de decidir e depois jogar a conta para a viúva.
Sindicatos não poderiam mais extorquir dinheiro fácil de trabalhadores incautos. Somente poderão contar com as mensalidades de seus filiados, quer dizer, ninguém mais teria que contribuir compulsoriamente para nenhuma entidade sindical a qual não esteja filiado. Quer dizer: os sindicatos teriam que se coçar para conseguir afiliados, oferecer benefícios de fato para aumentar sua arrecadação.
Chega de focar a verba da educação no ensino universitário. Quem mais precisa são as crianças. Mas criança não vota, não é? Estudante universitário vota, faz passeata, se manifesta, é massa de manobra. 
Não quero mais financiar a UNE, a UEE, a UME, etc. Que eles aprendam que tem que lutar para conseguir dinheiro para suas ações.
Consultas públicas para discussão de alterações na legislação deveriam ser melhor divulgadas e as audiências deveriam ocorrer em dias da semana em que nós, pobres mortais trabalhadores, pudéssemos comparecer.
Quem representa a sociedade civil? Que órgãos de classe ou de setores da economia se creditam o direito de falar por mim?
Povo porcamente educado não demanda, não cria polêmica, não se revolta.
Quando o judiciário tiver um controle externo é possível que a arrogância de advogados, promotores, procuradores, juízes, etc, seja contrabalançada pela fiscalização permanente.
Por que a gente é obrigada a ouvir tanta porcaria e não tem um canal para se fazer ouvir? 

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